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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Olimpíadas nos videogames (92, 96 e 2000)

Hola a tooooodos ustedes!

Sejam mais do que bem-vindos ao MichaelNA2005 Reviews!
Se não fosse a pandemia do novo coronavírus, os Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio já teriam acabado. Enfim, para comemorar virtualmente o maior evento esportivo do mundo (ultrapassando a Copa do Mundo, a Champions League, a Libertadores e até mesmo o Mundial de Clubes), eu, MichaelNA2005, exibirei a vocês as Olimpíadas nos videogames, de 1992 até o ano 2000!

Barcelona '92 (Mega Drive)
Barcelona 92 - Tela de título

Seleção de idiomas

100m rasos
O primeiro game da nossa lista é Olympic Gold - Barcelona '92, desenvolvido e publicado pela U.S. Gold, apenas para consoles da Sega.
Esse game baseado nas Olimpíadas de Barcelona tem 8 idiomas (dentre eles o nosso Português), e 8 países jogáveis (só que nenhum deles é o Brasil, que triste).
O jogo possui 3 modos:
  • Sessão de treino: esse modo é bom para quem joga o game pela primeira vez, ou pra quem ainda não aprendeu a jogar alguma modalidade, MESMO sem indicação de botões, algo que até a porcaria do Winter Games do NES faria T_T ;
  • Mini olimpíada: esse modo é a própria Olimpíada, só que personalizada, ou seja, você mesmo/a pode escolher as modalidades de sua preferência;
  • Olimpíada completa: idem o de cima, só que dessa vez, são todas as modalidades presentes no game.
E falando nelas, aqui vão todas as modalidades que estão no game:
  • 100m rasos;
  • Lançamento de martelo;
  • Tiro ao arco;
  • 110m com obstáculos;
  • Salto com vara;
  • Saltos ornamentais;
  • 100m estilo livre.
Whatever, falando agora da jogabilidade, esse game tem uma coisa em comum com o resto da lista: esse e os demais games apenas arregaçam os dedos do jogador, ainda mais em modalidades que precisam de velocidade para serem vencidas, a exemplo dos próprios 100m rasos e dos 110m com obstáculos, em que você precisa apertar freneticamente os botões A e B, e o botão C só tem relevância nos 110m com barreiras. Já é difícil lançar martelos mais distantes do que a 46 metros, alcançar o primeiro lugar sem queimar a largada, nadar mais rápido etc.
O ruim desse jogo é que ele não tem multiplayer, mas se for o modo Sessão de treino com o revezamento de controles, tudo bem.
O engraçado é que na versão americana, o fundo do menu é o Estádio Olímpico Lluís Companys (ou não, pois deve ser genérico T.T), e no céu, voam uns dirigíveis da SEGA e da U.S. Gold. Já na versão européia, voam também os dirigíveis da Coca-Cola. A propósito, a versão europeia tem até mesmo a logo da Coca-Cola na tela de título, e não se sabe porque isso não está no resto do mundo.
Agora, falando sobre os gráficos, são lindos, ainda mais para o Mega Drive, um console que só ganha na velocidade, mas de resto apanha para o Super Nintendo.
Mas também, além de ser o primeiro jogo baseado nas Olimpíadas (e que lançou quase na metade da vida do Mega Drive), a U.S. Gold tinha o poder de fazer game de tudo que estava fazendo sucesso antes da Electronic Arts ou das próprias Nintendo e Sega, e isso aconteceu com as Olimpíadas de Verão, de Inverno, com a Copa do Mundo, e até mesmo com o filme Moonwalker (versões de PCs, como o Commodore Amiga, MS-DOS etc.), que pode ter review aqui, hein uwu
Agora, falando do som do game, uma ou outra música do game é boa o suficiente, e até a Nona Sintonia de Beethoven (que chamo de "O bom e velho Hino da Copa Libertadores da América") tá no game, mas como o hino da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), que pode ser tocado ao você escolher a CEI como nacionalidade do seu atleta e ao você ganhar uma medalha de ouro, algo que acontece com os outros 7 países, um com cada hino.
Porém, o ruim mesmo são os efeitos sonoros, cujo único dos SFX do game que presta é o de seleção, porque os que tem durante o game são ruins, graças ao som de vuvuzela de 1,99 que o Mega Drive tem.
Agora, resumindo de tudo sobre o game, é legal ter o primeiro game com o tema Olimpíadas, e ainda ser o primeiro a ser licenciado, porém há fatos que mancham ele. Mas não deixa de ser bom.
Btw, existem versões dele para o Master System e o Game Gear.

Olympic Summer Games - Atlanta 96 (Super Nintendo e Game Boy)
Tela de título

Menu principal

100m rasos

Tela de título

Menu principal

100m rasos

Agora, a U.S. Gold retornou, mas dessa vez como o último game que a própria U.S. Gold publicou, já que depois, foi comprada pela Eidos (que publicou a versão de PS1 do game, feita pela Silicon Dreams, uma outra versão diferentona).
Desenvolvido pela Black Pearl e lançado para o Super Nintendo, Mega Drive e Game Boy, esse game é baseado nas Olimpíadas de 1996, porém, parece que a U.S. Gold reciclou certo conteúdo de 1992, ainda mais as modalidades, pois ambos os games tem quase tudo em comum, só que o Atlanta 96 tem diversas modalidades de salto e o tiro esportivo. Infelizmente, sem razão alguma, foi removida a natação, mas e daí? O importante é correr atrás de chegada, não?
De qualquer maneira, o game só parece ser bom apenas pela variedade do atletismo, gráficos e trilha sonora (versão de SNES), mas pra quê? É impossível chegar em primeiro lugar na versão de Super Nintendo, e ainda consegui ser vice na sorte!
Porém, só no tiro ao arco e tiro esportivo que ganhei meio que facilmente, ainda mais na versão de Game Boy, que é a pior lançada.
Se você quiser apreciar essa "beleza" traduzida por mim, MichaelNA2005, tanto na versão de SNES, quanto na de Game Boy, acesse o meu site de traduções nas guias acima.

Sydney 2000 (versão cancelada de Nintendo 64)
Menu principal

100m rasos feiosos

Vitória limpa
Olha que jogo péééééééé....ssimo (graficamente)
Só pelos gráficos já assusta (btw, o game usa o Expansion Pak para p**** nenhuma, já que o game continua lento e ainda só roda a 240p), mas agora notei que todos os games dessa lista envolvem aperto forçado e repetido dos dedos, ainda mais no atletismo!
E na natação (100m freestyle), aí dói ficar um minuto apertando os mesmos botões frequentemente, mas não tanto quanto girar o analógico com a palma da mão em um minigame do Mario Party...
Já o levantamento de peso é mais um arregaçador de dedos, porque além de dois botões de força, é necessário apertar o botão B ou A, que é um botão de ação. Qualquer um perderia a atenção por uma p**** dessas...
Os saltos ornamentais tem uma certa dificuldade, que varia de acordo com o próprio salto, mas a prova só acontece se você apertar Z para o medidor (cuja barrinha não enche, já sabe o porque) e os botões mostrados na tela apenas pela cor, o que é bizarro, já que podiam ao menos mostrar os próprios botões, e não só as cores deles.
Fora que o game só tem 12 modalidades, mas apesar do modo Olimpíada, aonde vc tem que treinar e classificar a sua delegação para as tais Olimpíadas e talz, esse modo não funciona na versão de Nintendo 64, mas também, todo protótipo de N64 deveria ser chamado de "travazap.n64".
Já a música-tema é o único ponto bom, mas pena que o som do game é abafado, e as músicas são curtas, com looping de 2 minutos. E ao contrário das demais versões do game, que tinham os ex-atletas americanos Dwight Jones e Marty Liquori como narradores, a versão cancelada de Nintendo 64 tem um pseudo-narrador desconhecido chamado Paul Dickens.
Enfim, jogue as versões de PS1, PC ou Dreamcast no lugar...
Apesar de que a versão de Dreamcast NÃO SUPORTA VGA e os dois saves que o game salva no VMU comem mais espaço do que o Shenmue, aí vai pelo cabo comum, e preparando o lombo do VMU mesmo :( (ah, e no PS1, o jogo tbm come o negócio todo

Conclusão

A única conclusão que tenho é que esses games tentaram ser pioneiros em trazer as Olimpíadas aos gamers, e pelo menos o Barcelona '92 conseguiu ser (para mim) o melhor que conseguiu, ainda mais por ser o primeiro game baseado e licenciado no evento. E pior que naquela época, até mesmo em 2004, nem tinha nascido a União Somari, que foi o resultado da Sega ter entrado em colapso com o Dreamcast.


Espero que tenham gostado dessa lista!
Bye bye!

©®2020 Gabriel da Silva Sousa, aka MichaelNA2005™
All rights reserved.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Dragon Sword (Jogo cancelado de Nintendo 64)

A tela de título do game

Olá a todos do site MichaelNA2005 Reviews!

Após muitas pessoas verem a review do SimCity de NES, um jogo que merecia ser lançado (se não fossem certos erros cometidos no desenvolvimento do próprio game), eu resolvi vasculhar pelo arquivo da internet e procurar por outro game que nunca foi lançado (mas que tinha certas pretensões): o Dragon Sword de Nintendo 64, que foi desenvolvido entre 1997 e 98 pelo Team Storm e pela Interactive Studios (os mesmos criadores de Glover), e publicado pela MGM Interactive (a mesma que publicou o jogo 007 - O Mundo Não é o Bastante, ao lado da EA Games), mas por complicações desconhecidas, o game nunca viu a luz do dia, todavia a ROM do game foi vazada em 2010 para uso livre, ainda mais pra jogar, né? Enfim, que tal nós olharmos esse game de perto?

História (com tradução livre)
Capítulo 1
Reclusão
Capítulo 1
Incarcerados; porém focados na busca/escapada imperativa; e com tempo suficiente. A única esperança da Espada do Dragão está com um indivíduo que seus companheiros o chamam de "Guvnor".
Capítulo 2
Morte Prevalecente
Capítulo 2
Agora, a Espada do Dragão está nas mãos por um dono que o caminho das buscas encontrou. A tão longa jornada foi na verdade fácil; aparentemente guiada por diversas coisas que bloqueiam o caminho. O único caminho disponível é o camin... ah, f***-se, nem quero traduzir o que tá na última linha.
Inclusive, dois esclarecimentos:
1. O que tá na última linha deve ser um erro ortográfico, que no caso, era para ser a palavra "escuro";
2. Só tive isso pra contar sobre a história do game, já que quando tentei ir além disso, o game simplesmente travou, mas também, esse é um típico problema encontrado nos games do Nintendo 64, e em todos os protótipos.

Jogabilidade
O game na realidade....
A equipe de desenvolvimento prometeu que esse jogo fosse um hack and slash (cuja franquia rainha desse gênero é God of War). Mas enfim...
A jogabilidade do game é muito simples, pois só os botões A e B tem maior relevância no game. Inclusive, dá para "meter uma tesoura" (igualzinho no futebol mesmo...) apertando uma combinação entre os próprios botões A e B. Outra coisa que pode acontecer com um aperto de combinação entre A e B é uma pirueta, típica dos Power Rangers mesmo. Eu não sei aonde essa p**** leva, mas enfim...
Já para parar de gerar esses monstros que estão na tela, basta destruir cada um desses totens que aparece no game.
Para enfrentar o chefão, é bem simples: basta só ficar na frente dele e arregaçar os botões A e B, já que se você morrer, basta apertar START para dar continue, selecionar seu personagem, e voltar na mesma parte onde você morreu. Fora isso, o game é simples na jogabilidade.

Gráficos
Olha que gráfico merda!
Já em questão de gráficos, o game é uma m****, já que para começar, apesar do nome do arquivo dizer ser a versão em NTSC (americana), na verdade é a versão PAL (européia). Sim, o game só roda em 50fps... hahaha....
Enfim, além disso, os gráficos do game são ruins, mas era o que tinha para a época, já que para fazer gráfico no Nintendo 64, o que era feito além da produção dos polígonos era simplesmente pegar uma imagem pequena, esticar até dar o ponto e borrar, o que resulta no antialiasing que mais atrapalha do que ajuda (a propósito, 0.5MB de RAM do Nintendo 64 eram destinados ao antialiasing, e o limite de tamanho de cada textura era de 4kb, o que gerava toda essa tosqueira).
O que está mais bonito no game são os próprios menus, mas pena que esses mesmos bugam um pouco no emulador.
Agora, a vida de seu personagem não é na barra azul, mas sim no sprite do próprio personagem ao lado, ou seja, nesse caso, a vida desce se a cabeça do personagem virar uma caveira.

Som
A tela de som do game
As músicas do game são muito sombrias, mesmo quando o jogo não quer parecer ser tão sombrio assim. Mas mesmo assim, o game sofre com a mesma limitação de demais jogos third-party do Nintendo 64: além de gráficos ruins, o som fica abafado, e mesmo colocando no estéreo, não muda muita coisa. Mas também, culpa do cartucho que era muito pequeno. (Ou será culpa das produtoras que não sabiam muito bem sobre como aproveitar do hardware do Nintendo 64? Eu sei lá...)

Nota final
5/10
Era para a nota ser 4,75/10, mas arrendondei, ainda mais por ser um game que não foi finalizado, e por ser um game que era feito num console difícil de se programar, que era o próprio Nintendo 64. Até que vale a pena, se ao menos dá pra corrigir os erros de programação do game. Mas enfim...

Antes de dar um tchau, darei um aviso:
Se não fosse o coronavírus, nesse mês teria Eurocopa, e no mês seguinte teria Olimpíada. E pensando bem, escolhi as Olimpíadas. Em breve, teremos um blog falando sobre os games baseados nas Olimpíadas, inclusive, um game que também não viu a luz do dia no próprio Nintendo 64.

Enfim... tchau! Se cuidem!

©®2020 Gabriel Sousa, aka MichaelNA2005™
All rights reserved.